5 de novembro de 2010

E eu queria falar do amor...


Estou ali parada e nem vejo que o programa na TV que eu tanto esperei pra assistir, acabou de terminar. Fico presa nesses pensamentos, tentando me distrair escrevendo e escrevendo e escrevendo. Como se assim eu fosse me redimir de alguma coisa que me faz ter uma sensação sufocante de culpa.

Eu quero falar sobre o amor, sobre as estrelas que estão tão lindas hoje, mas quase ninguém percebe porque estão ocupados demais cuidando do seu ego interminável. Eu preciso mesmo de muita cafeína.Mas pensando bem querido, preciso de algo mais forte, de um Uísque qualquer, um Vinho do porto ou de qualquer outra coisa que me deixe no mínimo anestesiada. Penso em caminhar mil vezes e nas mil vezes meu corpo não reage, não quer me deixar ir e eu obedeço, com submissão. Eu virei refém de mim mesma, e assim tudo se torna ainda mais difícil. Afinal eu queria mesmo falar de amor, mas onde ele esta? Para que lado ele foi? O que ele disse sobre mim?

Olho pros lados, não vejo nada alem da bagunça em minha cama, o cinzeiro cheio de pontas de cigarros, as garrafas de vodka completamente vazias e o meu cachorrinho choramingando um carinho. E eu aqui querendo falar do maldito amor.

Outro dia, mesmo eu sabendo que no final, eu acabaria em um bar qualquer , eu sai pra comprar umas roupas novas. O procurei em todos os cantos, tentei achar seu cheiro e mesmo não sabendo quem é você e nem qual perfume você usa, eu o esperei com a droga da roupa nova, só pra dizer – Oi querido, sou eu a garota que você sempre esperou. Mas advinha? Você não apareceu. Voltei pra casa depois de varias doses de Tequila, pus meu velho pijama e fiquei pensando que talvez eu só devesse parar de pensar nesse amor...

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