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3 de dezembro de 2012



Olha só, eu preciso te dizer uma porção de coisas. Dessas que a gente já não sabe se consegue prender. Eu sinto uma falta absurda de você. De tudo.
Eu releio tudo que já escrevi pra você até agora. Durmo com a tua carta de baixo do travesseiro. Ela ta meio manchada, outro dia sem querer, eu deixei que as lágrimas escorressem até ela. É que tudo começa pela saudade sabe? E termina na vontade incessante de estar ao teu lado. Porque só Deus sabe como eu queria sentir teu cheiro agora. Como eu queria a tua barba mal feita no meu pescoço. Como eu queria falar tudo isso ao pé do teu ouvido. Mas me diz, onde foi que a gente se perdeu? Onde foi mesmo que a gente se achou?
Você tem noção do quanto eu penso em você? E de como eu tenho medo de ter uma vida pela metade se eu não te encontrar? Não é que eu queira te atrapalhar. Não quero me infiltrar na tua vida, mas eu sei que de alguma forma, eu faço parte da tua história e acho incrível como você me parece feliz hoje em dia, mesmo não sendo comigo. Mesmo eu sentindo que me esqueces aos pouquinhos. Mesmo doendo mais a cada dia. É que eu mudei. Você mudou. Mas eu ainda continuo achando que temos algo pra viver juntos, mesmo que não seja da forma como eu quero ou imagino.
Eu sei que vou te encontrar. Abraçar-te. Sentir o bater do teu coração. Ouvir-te cantar. Fotografar. Amar.
Você, de uma forma ou de outra é o amor da minha vida. E Deus não me colocou nessa vida pra morrer de amor.

“Talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida”

7 de novembro de 2012



Voltou a chover aqui na cidade. A noite ficou de um cinza penetrante. Lembrei de nós dois deitados na rede cantando aquela da legião “veja o sol dessa manhã tão cinza, a tempestade que chega é da cor dos teus olhos, castanhos...” E de repente eu me vi tão perdida, tão aflita em querer ver teus olhos castanhos que uma lagrima pulou da minha pupila.
 A pior sensação do mundo é você sentir saudade do que já não pode ter. Pensei em te ligar e ficar em silencio. Pensei em andar na porra da chuva até a sua casa. Pensei em me jogar do alto do sétimo andar.
Andei lendo Gábito Nunes demais. Escutei los hermanos a semana inteira. Concordei demais com o Renato. Afundei-me com o Caio. Cheguei a me sentir meio Clarisse... E tudo isso só me fez perceber o quanto eu to me sentindo sozinha e o quanto só você me faz falta.
Não preciso de outro amor, preciso do ‘nosso’ amor que começou naquela singela fila do pão. E se estendeu pelas cafeterias em bairros boêmios a fora. A xícara velha do cappuccino. O disco do Oasis na escrivaninha. Os envelopes de cartas que eu escrevi e nunca te dei.
Queria saber se você ainda olha alguma coisa que tenha algum vestígio de corujas e pensa em mim. Ou se ainda recusa-se a comer sushi nas sextas-feiras. Por outro lado, eu sei que você sabe que eu morro de saudade da tua barba roçando no meu pescoço e do teu entrelaçar de braços em volta do meu corpo magro. Mas nada me faz mais falta que o teu cheiro de homem exalando na minha cama.
Ah meu bem, a gente ria tanto desses nossos desencontros e olha só agora? Nem sei onde fomos parar, só sei que bem longe um do outro.
Hoje eu chorei sozinha, amanha provavelmente chorarei de novo. Porque falta é isso, é dor até nos ossos. É querer ir em frente e ficar estagnado no mesmo lugar. Eu permaneci aqui, inerte. Tentando achar alguém que seja mais sentimental que eu...

20 de outubro de 2012

Cartas ao Zé



“Sabado, onze da noite. E a cidade inteira está por ai, dançando e enchendo a cara de ilusões que acabam no dia seguinte. Nem isso eu consigo fazer sabe? To tão fechada e parada por ti Zé, que o meu mundo ta girando devagar.
Eu queria voltar a viver pra mim, esquecer um pouco desse amor meio torto que a gente viveu. Preciso de doses de oxigênio, talvez umas porradas na cara pra ver se volto a ser de mim mesma. Estou tentando reagir de alguma forma, lutar quem sabe. Praticar um esporte. Ler mais livros, mas dai que tudo me parece tão sem cor. Tu és uma droga Zé e olha que ironia? Eu me viciei."

18 de outubro de 2012

Eu sempre achei lírios lindos sabia?
Pena que aqui na minha cidade, eu os veja tão pouco. Outro dia eu lembrei da vez em que estávamos passeando por ai e você pediu pra sentarmos no banco da pracinha quase deserta, famosa por seus lírios exuberantes. Foi quando você começou a mexer no meu caderno. Viu que lá estavam guardados vários envelopes de cartas, cada uma de uma cor. Quando eu, em um gesto quase desesperado as tomei de suas mãos. Você indagou
 - Porque você guarda todos essas cartas?
- Porque gosto.
- Você que as escreve?
- Sim...
- E elas tem dono?
- Tem...
- Porque então você não as entrega para ele?
Eu abaixei o olhar e deixei que as maças do meu rosto corassem.  E respondi apenas
– Talvez um dia...
Ele levantou meu queixo levemente com os seus dedos e exclamou
- Ele deve ser um cara de sorte.
Então você levantou e disse que estava atrasado para um compromisso e eu continuei la, vendo você se afastar e se misturar as pessoas que andavam tristes por ali.
Foi quando tive a oportunidade de te falar sobre meus sentimentos. Mas não o fiz, por covardia talvez, mas não o fiz. Deixei que você fosse embora mais uma vez sem entregar as cartas que escrevi quando o peito não aguentava mais de tanto amor. Mesmo assim, eu deixei você partir...
É, eu estava lembrando dos lírios, de você, do amor que eu nunca te dei e das cartas que eu jamais entreguei. (...)

"- O que você faz com as cartas que escreve?
- As guardo, a sete Chávez.Talvez um dia possa entregá-las pessoalmente.” –cfa-

3 de setembro de 2012

Cartas ao Zé.

Sempre achei que amar era lindo e que quando esse sentimento surge, nada no mundo pode tirar aquelas borboletas da barriga. Foi ai que eu te conheci Zé, te amei das formas mais tortas e completas que eu pude. Mas foi ai tanbém que eu me perdi de ti, de mim, do mundo. Agora eu fico por ai, vagando até te encontrar e te cobrar as borboletas que você me levou.

Cartas ao Zé.

Lembra quando eu te disse que passariam mil janeiros e eu continuaria aqui? Então Zé, talvez não linda, não depois de tantos anos, mais cheia de amor, esplendorosa! Aguardando o sorriso mais bonito do mundo: o seu.

Cartas ao Zé.


Eu ainda lembro tanto de ti Zé. O cheiro. O sotaque bobo. A fixação pelo cazuza. A voz grave. As mãos macias. O jeito de fazer amor. Cada pedaço seu me faz uma imensa falta.
Ontem eu chorei potes por ti, acho que vou acabar tendo um final épico feito a Julieta, só que sem meu Romeu. Vou morrer de amor Zé, ou melhor, sem ele.

Cartas ao Zé.

Ah Zé, hoje eu ouvi aquela musica, ou melhor, a nossa. Lembrei de nós, na beira da praia abraçados. Eu me enterrando no teu peito, enquanto tu me fazias cafuné. Foi então que maresia se misturou ao som da tua voz dizendo manso -E até quem me vê lendo jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei-

Cartas ao Zé.

Ó Zé, as estrelas dizem que nosso destino tem linhas cruzadas. Então porque diabos tu estas tão longe? Porque diabos eu to tão longe? Astrologia de merda.

2 de julho de 2012

E depois de anos. De saudades incontrolaveis. De um amor quase incabivél no peito. De juras de amor que mesmo sem estereótipos, pareciam eternas. Depois de fatigantes planos futuros, tudo chegou ao fim. Já não eram pra mim que os olhos brilhavam. Os planos longos já não me incluíam. Das juras eternas tudo que sobrou foi um discurso meio mal resolvido. Mais, meu coração como bom sofredor, soube decifrar as palavras bagunçadas e apesar de tudo, sabe onde já não é bem vindo.
Ainda continuo querendo sua 
felicidade acima de tudo, mesmo com outro alguém, mesmo que esse alguém não o faça tão homem quanto eu faria. A vida te traz e tira coisas lindas. Vai ver é para o coração ficar forte. Vai ver.
O final 
gélido, talvez pudesse ter sido mais bonito, digno de um texto enorme, mais depois de ler tudo, só o que saiu de minha boca foi um pequeno sussurro que você nunca irá ouvir:
- A gente se encontra pelo mundo.

21 de março de 2012


São só seis letrinhas e estão acabando com o meu dia, CIUMES.
Eu sei o quando isso é ruim e infantil e pans. Mas não posso mentir, estou me corroendo inteira.
Desculpa ta? Desculpa por esse sentimento tão feio e ruim, mais é inevitável. Odeio estar longe. Odeio pensar que alguém vai “roubar” a vida que eu quero ter contigo. Sim, quero muito, muito mesmo viver contigo.
Quero abraço apertado. Quero lábios nos lábios. Quero coração descompassado. Quero corpo quente. Quero rosto vermelho e suado. Quero beijo na nuca. Quero mãos passeando pelo corpo. Quero respiração ofegante. Quero tu-comigo-eu-contigo, em todos os sentidos possíveis e imagináveis.
Sinto que se não ti tiver pra mim, viverei uma vida pela metade. Sendo metade. E não gosto de metades. Quero ser inteira. Quero que tu me completes. Assim, sem mais delongas. Pegar minha metade que está contigo. Unir o que falta. Amar cada cantinho. Defeito. Qualidade. Mimo. Impaciência.
Quero conjugar o verbo amar ao teu lado, assim: - eu amo, tu amas... NÓS AMAMOS. Quero ser feliz. Quero te fazer feliz. Quero ser inteira e cheia de amor.  E quero também que, apesar de tudo e todos, tu nunca se esqueças da moça que mora longe, mas que tem o coração ai, bem pertinho viu?
                                               Se cuide meu bem, se cuide.

“Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar boa noite em pensamento, dorme bem, sonha comigo, te quero muito e bem.”-cfa-



14 de março de 2012


Para ler ouvindo – Nem um dia - Djavan 
Para

“- Passa um dia comigo? Uma semana? Uma vida?!”




Tive taquicardia e não consegui mover-me por cinco minutos ao ler aquela mensagem.
Tive vontade de sair de casa e pegar um avião naquele exato momento, sem pensar no depois. Quis a loucura de querer-te por completo, por perto, tão perto!
Eu nunca vou entender porque a vida nos fez assim, tão longe um do outro. Será que foi pra acumular saudade? Talvez, porque essa sensação persegui-me aonde quer que eu vá. Tenho vontade de encontrar-te todos os dias e nos mesmos, tenho que conviver com o vazio que transborda porque tu não estas, porque tu não vens. E dói pequeno, dói muito.
Eu te escrevo cartas como louca sabia? E depois as leio trecho por trecho, sussurrando como se estivesse fazendo ao pé do seu ouvido. Com um delicioso tom de voz, entre beijos e suspiros.
Andei te acompanhando mesmo que de longe e tenho tido tanto orgulho de ti. Tu estas cada dia mais inteligente, maduro e lindo. Muito lindo. Não canso de dizer que te olho feito boba. Sorrio feito boba. E olha só, me dei conta que são quase três anos, viu que lindo? Três anos.
Nossa história é linda e vale mesmo a pena ser contada. Vale a pena ser vivida. Por isso eu não perco a esperança de te encontrar por um dia. Uma semana. Uma vida. A nossa vida.
Quero que tu tenhas a certeza que eu não te esquecerei um dia, nem um dia. E vou te esperar com a força do pensamento.

11 de janeiro de 2012



Oi amor, como você esta?
Você deve esta estranhando eu, de repente voltar a te escrever assim manso...
Ah vai, da um desconto, minha vida ta tão confusa, as vezes tenho a impressão de que a pegaram e jogaram em um liquidificador e estão a triturando, remexendo na velocidade máxima.
Tenho pensado demais em você, principalmente nas madrugadas em que não durmo e você acaba sendo minha saída de emergência sabe? Em meio há tantas coisas ruins, pensar em você me trás coisas boas.
Outro dia mesmo peguei-me vestindo uma camisa grande e imaginando que fosse sua.  Tentei desesperadamente sentir seu cheiro em algum canto, mas o tempo também se encarregou de levá-lo.
É tão estranho querer te ter assim, tão perto que chega a doer. E acredite, dói muito, muito, muito mesmo. Você consegue entender? Antes eu teria a certeza que sim, mas agora não, o mundo esta tão diferente, você, eu, nosso quase-amor. Tudo mudando de orbita. Mas olha, sua lembrança é a minha melhor companhia, junto com a cafeína é claro. Penso em ligar-te mil vezes, mas você conhece minha covardia. E nas mesmas mil vezes eu larguei o celular antes de terminar de discar seu numero. Você deve esta pensando que eu sou meio confusa, ou melhor, confusa demais. E talvez essa seja a palavra que melhor defina minha personalidade conturbada.
E volto a dizer querido, tenho pensado tanto em você. Voltei a nos imaginar juntos, em um abraço apertado, em que nossos corpos pudessem ter a certeza que nem um único fio de cabelo escaparia. Ta, eu sei que é quase tarde demais pra falar dessas coisas, mas é quase, certo? Então eu ainda o quero. Eu ainda preciso. Eu ainda vou ter você comigo. Nem que seja por um dia ou dois. Nem que leve muito tempo. Nem que eu tenha que enfrentar turbulências e quase morra dentro de um avião. Mas eu vou ter você.
Desculpa te dizer tudo isso. Acho que você já nem acredita em mim e também, não sei se você vai ler isso tudo. Mas se ler, vai saber que é pra você. Eu tenho certeza.
Olha, eu só queria saber mesmo como é que a sua vida esta?
Bom,  eu vou continuar assim, com a minha sina de sempre ter uma parte do coração longe. Mas tem uma coisa que eu preciso que você prometa nunca esquecer:
Eu sempre vou te querer muito bem.

“E você não imagina quantos sorrisos eu já dei só de pensar em você.” –cfa-


31 de agosto de 2011


Eu estava por aqui, tentando imaginar como será a nossa vida daqui a uns, sei lá quantos anos, e torci, torci fervorosamente para que alem de muito feliz, seja uma vida só você- eu- eu- você, assim, sem vírgulas separando nossos corações.
São vinte meses, nossa, já? Quase nem acredito, chegamos até aqui e bom, vamos continuar. Obrigada pela sua incrível, sim, incrível dedicação para comigo. E mesmo com essa minha intensidade que tem me matado, e consequentemente, te atingindo, tu simplesmente não me deixa só. Isso me faz pensar naqueles contos do Caio Fernando Abreu, onde há amor demais e egoísmo de menos.

“Daqui a 50 anos eu ainda vou saber seu nome e vou me lembrar de todas as vezes que você me fez sorrir. Na minha memória, tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.”

Tenho dezessete anos e a única coisa que eu quero quando chegar aos cinqüenta, é que você esteja ao meu lado, me chamando de pequena. É bobo, eu sei, mais é verdade.
Não reclame quando eu só quiser te olhar em silencio. Não vou procurar defeitos e sim admirar suas perfeições. Te amo, te amo, te amo, te amo e te amo outra vez, assim, com pressa, com fervor, com vontade e que assim seja sempre. Lindo, quente, sensível, confortável. Que seja amor hoje, amanhã e depois. E que venham todos os felizes para sempre, sem nunca chegar ao fim.
Primeiro de setembro de dois mil e onze. Um ano e oito meses, e mesmo com tudo, ainda estamos aqui.
Obrigada por ser quem é. Obrigada por ser meu e só meu.


trecho de caio fernando abreu.