8 de dezembro de 2010

Ao amigo quase imaginário.

Vim aqui pra falar de todo amor que ainda temos dentro do peito. De tudo que fomos, e não conseguimos mais ser.  De todas as vezes que tentamos e tentamos mais ainda, e no fim paramos e olhamos para os lados e vimos que corremos em círculos.
Vão nos chamar de loucos se um dia eu contar tudo que passamos, e nós? Nós vamos sorrir quietos em nossos cantos, mesmo que nem seja um perto do outro. Vamos ter orgulho de contar para os nossos filhos e netos, como nos divertimos saindo escondido, pulando a cerca, tomando uns drinks, fazendo barulho, dançando ate o chão. Vou contar o quão bem tu me fizeste, mas vou pular a parte da dor fatigante e massacrante que eu tenho toda vez que deito. O desconforto que da no meu peito quando eu lembro que a gente não tem remédio.
Tenho pensado e talvez seguir em frente seja a melhor das opções. Mas e quando eu estiver lá e sentir a tua falta? Como faz?
Bom, ninguém vai poder dizer que não tentamos. Que não nos procuramos. Que não quisemos ficar juntos. Eu só sei que essa saudade me machuca. Saudade de quem nos fomos quando estávamos juntos. E pra onde mesmo nós fomos? Pra onde nos levaram? Como nos deixamos ir?
É meu bem, eu já não sei, não sei...
Peço-te que me queria bem, e nunca pense em mim com maldade. Lembre-se com satisfação, pois eu vou me sentir abençoada por ter feito parte de ti por todo esse tempo.
                                  de sua querida, carol lago.  


“Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém.”
Caio Fernando Abreu





ao amigo imaginário que nem é tão imaginário assim.

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