30 de dezembro de 2010

O último romance.


Sábado, quatro e quarenta e três  da madrugada. 
Eles estão grudados em cima da cama. Provando ao mundo que podiam vencer a lei da física que diz – dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Aquela altura, ele estava tão nela, quanto ela nele. Um único ser.
Pernas entrelaçadas, como um nó impossível de desatar. Os braços dele a envolviam pela cintura. E ela descansava a cabeça sobre o peito dele.
Ela – Deixa eu cuidar de você?
Ele levanta o rosto da garota com a ponta dos dedos, e delicadamente beija sua testa.
Ele - Deixo.
Aquele era o ciclo, grandioso ciclo da paixão para o amor. Nada mais precisaria ser dito e muito menos provado. Ele levantou-se um pouco e ficou olhando cada traço do rosto dela. Como se o mundo inteiro tivesse parado só pra ele poder contemplar cada marca de dor, alegria, saudade e medo que ela carregou durante toda a vida.
Ele – Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Ela sorriu, fechou os olhos e lembrou-se de quando tinha nove anos e perguntou pra sua mãe como era o amor. Agora ela sabia na prática e era ótimo. Nunca tinha sido desse jeito, tão recíproco, tão eterno.
Ela – Então promete?
(silêncio) 
Ele – O que? 
E com as mãos agarradas as costas dele, continuou a dizer
Ela – promete que nunca vai ter despedida (...)
E ele percebeu que os olhos dela se enchiam de lagrimas. Então, inclinou-se e a beijou na ponta do nariz e disse:
Ele – prometo.
                    
                   “Ninguém vai falar do que podia ter sido e não foi.” - cfa  -

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