9 de julho de 2010

Garotinha.



É como estar mergulhando em um lago fundo, cujas águas são escuras e sem vida. Você se vê minúsculo, sem oxigênio e nem força pra nadar ate a superfície. Assisti a tudo como se estivesse em um cinema. A sua vida indo pro fundo da misteriosa água negra. Sem permissão, sem passagem de volta. Mas você não sente dor, não aquela dor que de tanto doer causou a anestesia própria.

Abra os olhos garotinha, os abra agora. Lute por essa vida, mesmo que não pareça ter sentindo no momento. Pense em alguém especial, mesmo que seja nele. Pense em como os braços dele te envolvem em um abraço apertado de tirar o ar. Deixe as águas para trás, mexa seus braços, deixe sua mente sã novamente.

O bicho papão já se foi garotinha. Prometo que se ouvir um barulho de baixo de sua cama, eu corro e a protejo. Lembre do sorriso dele e nada mais será tão escuro. Sonhe com ele e a noite passara mais rápida, mesmo você querendo prolongá-la se possível fosse.

Amanheceu garotinha, levante da cama, olhe no espelho e veja as cicatrizes no seu rosto, cada uma delas será parte da sua incrível história. Veja como você é forte agora, sobreviveu a mais uma noite escura, ao tão temido bicho que mora por baixo de camas, águas negras e acima de tudo, a falta de qualquer outra companhia. Se encha de esperança querida, você se tornou uma mulher agora.

ps: M e L.

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